Agora, com sua dança retrô, Saturno revisita pontos que ele indicou assim que deixou Escorpião e começou a vislumbrar os horizontes de Sagitário, deixando claro que sem fundamentos, não há como nada se concretizar.

A semana que começa com Lua minguante em Aquário (regido por Saturno) que também tem seu outro regente Urano em tensão com Plutão. Em momento de tempo retrô, nada melhor que realmente sentar consigo e colocar em ação o movimento do fechamento de ciclos.

O final de semana que já não teve a melhor melodia para a dança, deixa seu estado de suspenção e tem o horizonte agora em Escorpião, enquanto lá não chega, temos o bom tempo de findar, mudar, reestruturar, deixar morrer e dar vida a tudo que deve ou não permanecer.

Saturno, o último dos planetas visto no céu sem ajuda de instrumento, é o grande limitador, o senhor do tempo, é quem deixa claro até onde os limites norteiam cada um. Frio, seco e de natureza solitária, indica que é dentro de cada ser singular que as transformações devem ocorrer.

Já se viu o inicio de onde se pode chegar, mas para tanto, é com amadurecimento, desprendimento e conhecimento que se alcansa cada ponto à frente. A regra agora é voltar quantas casas forem necessárias para conseguir seguir de forma consciente pelo tempo, ao invés de se agarrar no entorno para justificar cada instante.

De nada servirá chegar até Escorpião novamente, se o controle ainda for a verdade universal de cada um. Lá pelo final de Saturno em Escorpião – 2014, a dança pedia muito desapego, crescimento, conversas reais com suas pupilas, deixar de temer a sombra, pois mesmo ela, tem seus ensinamentos e curas.

Em Sagitário, esse mesmo Saturno pede expansão, estudo, liberdade, e para tanto, deve-se abrir mão da inércia para dar conta dos passos dessa dança. Como indicado no começo do texto, a semana não começa delicada, e sim com um banho de amostras do que ainda segue ao seu lado ou não.

Caso ainda tenha dúvidas, essa dança e conversa será longa, no meio do ano Saturno chega em Escorpião, para as trasformações, transmutações e iniciar novo fluxo mais leve e certo de si.

dia da Lua – dança dos planetas.

Saturno chegou em Sagitário em dezembro, de lá para cá vem cutucando todos os pontos referentes a esse encontro. Sagitário regido por Júpiter quer horizontes expandidos, mostrou onde se pode chegar e de 14/03 até 16/03 estaciona sua dança para seguir seu movimento retrô até ingressar em Escorpião de novo¹.

Frio e seco, Saturno é regente de Caprica e Aquário, tem como sua melhor qualidade o banho de realidade. Na dança por Sagitário ele estendeu os horizontes e indicou até onde se é possivel chegar, preparado ou não. Sim, para um dança complexa há a necessidade de estudo, ou nada passará do quase.

Que a tensão está como foco central da dança não há quem negue, basta olhar com os ouvidos. No dia 12/03 Mercúrio ingressou em Peixes em tensão com o mesmo Saturno, que deixa claro que não haverá espaço para devaneios nesse ingresso, a realidade marca o imaginário.

Importante aqui é ter em mente que o ataque não é o melhor tom, muito menos dar espaço para a imaginação criar inverdades apenas para riscar mais um fósforo perto do álcool. Sim, Mercúrio não fica muito em casa em Peixes, não tomando cuidado a língua pode se tornar obscura. Caso se consiga ir de encontro com o fluxo do artigo anterior, fica bem mais fácil trafegar entre o frio e seco.

Seja como for, o que vale lembrar é que esse momento estacionário de um planeta antes de seu caminho se tornar retrógrado, é de muita importância, afinal e nesse caso, há um espaço no tempo tenso que abre margem de 03 dias para olhar o que realmente ainda precisa ser consolidado.

Ter visto à frente o desenho de onde chegar é não perder de foco o horizonte de Sagitário, que quer mais é conhecer o infinito, ir de encontro com o fluir sem barreiras dos fluxos, para que no final, o gozo tenha sabor de avanço e amadurecimento.

Para tanto, é indicado nesse espaço de tempo estacionário não usar do coice ou da maior tensão para conseguir espaços, nem que seja para fugir da própria violência, ou até, querer dizer o que é ou não melhor. Ir para o embate aqui pede muito preparo mental e corporal, não apenas um sangue em ebulição.

Em caso de emergência, o melhor é silênciar e evitar o embate.

dia de Vênus na dança dos planetas.

¹-Falarei com calma dia 16/03 sobre o retrogradar de Saturno até Escorpião.

E quando as palavras fogem da ponta da língua e tomam o caminho das imagens e construções abstratas? Pode-se dizer que aqui nascem os poetas, os que pegam todas as palavras e trituram no mundo mágico das imagens, traduzindo tudo de forma cantada em versos e prosas.

Depois de ir e vir por Aquário, ter palavras libertárias e pensamentos fixos, Mercúrio se prepara hoje para mergulhar nas profundezas do inconsciente, ele chega em Peixes e muda os padrões, os olhos ganham ouvidos e os ouvidos ganham olhos.

Mercúrio esse, que também reberverá o eclipse do dia 20, no mesmo signo de Peixes que depois migra ainda nesse fluxo da dança das águas para o fogo incontrolável de Áries.  Mas isso conto com mais calma depois, agora o que importa é deixar vibrar novos fluxos conscientes.

Aqui a lógica é explicada pelo florescer dos poros, nada de quebrar a cabeça tentando ir de encontro com o palpável, Mercúrio em Peixes goza com a respiração uterina. Ele busca a dança do embrião que se comunica com os movimentos e a sensibilidade da reação aos estímulos.

Vale lembrar que essa dança tem seu ponto de partida na casa 12 do mapa, casa de Peixes, casa da sombra profunda e do salto para luz. Mercúrio agora ganha olhos nas plantas dos pés e como ninguém saberá traduzir a vida onde não a luz.

A boa sorte de danças orgânicas tomam o palco, Mercúrio em Peixes é o peixe com asas, mergulha e salta vôo para se expressar. Por mais que ele não compreenda muito bem o que fazer pelas águas mutáveis, consegue driblar o desconforto da falta de palavras por expressões adequando a comunicação.

Não estranhe se a dança em alguns momentos se compor de silêncio abstrato, Peixes entre tantas qualidades, conhece melhor que ninguém a felicidade do silêncio absoluto. Em seu retorno para o som, criações tomam corpo, em todas as artes da vida.

O que não vale aqui, é sentar ali no cantinho e achar que por mais criativo que esse Mercúrio seja tudo acontece feito conto de mágica. Pairar na fantasia platônica de que as forças mágicas de algum lugar fará seu trabalho e no final nada se precisou de concreto fazer, é aqui, perder a grande chance de criar entre a luz e a sombra.

Esse é um dos maiores pontons sensíveis para essa parceria, ou crer em excesso por Peixes vibrar Júpiter ou ficar eternamente no sonhar com as névoas de Netuno. Não se perca com as regências dessa banda.

dia de Júpiter – na dança dos planetas.

Que a dança anda tensa, que há programações que fogem completamente aos queres e a ansiedade e a emoção à flor da pele está dilacerando os fluxos todo mundo vem vibrando e percebendo que como está não dá para continuar.

Olhando para a dança dos planteas, temos Júpiter retrô em Leão, uma “revisão” do que se compreende de si no mínimo vem sendo pedida, e não é de hoje. O mesmo planeta que expande e dá glórias, também retrai e pede novas formas de se organizar essa vida singular.

Como se vem olhando essas particularidades? Como se portar diante de instantes que podem ou não desencadear questões que tragam brilho ou sombra a cada um? Penso aqui, que por ser em fogo, qualquer mudança pode sim gerar ansiedade ou a completa noção de algo precisa de reestruturação.

Por outro lado, temos uma galera de peso transitando por Áries, outro fogo do mapa, temos Marte, Urano retrô e Vênus já sentindo o cheiro do pasto taurino logo ali.. Marte regente de Áries quer mais que tudo se movimente e traga o novo. Urano a faísca celeste, alecera o tempo da dança e indica as mudanças, enquanto Vênus dança e olha onde pode conseguir prazer.

Em outro canto do salão, Plutão Caprica segue pelas terras reestruturando tudo. Regente contemporâneo de Escorpião, onde a Lua está hoje, indica que não há mais tempo para fingir que tudo está bem. Vejo e sinto muito movimento em busca de entendimento, próprio e dos fluxos que seguem e nos circundam, quando não nos atravessa..

No arremate final, a última nota é tocada por Saturno em Sagitário, também fogo, também libertário, repleto de horizontes e coices. A dança tem um tempo já, vem pedindo estudo, sim, pisar no pé da parceria da dança, mesmo que seja o próprio pé não é dos tons mais elegantes que existem, mas mesmo assim, ainda há espaço para muita manifestação sem fundamento.

Buscar os pontos sensíveis para a quebra do fluxo é ter em mente que sem ter alimento mental e corpóreo não há como romper com fluxos viciados da preguiça que nutre apenas a mesmice. Ainda assim, há muita dificuldade para lidar com esse novo que vem aparecendo e cutucando pontos fixos de cada um.

Mais do que nunca, a dança abre espaço para reflexões e concontros singulares para novos caminhos e sensações. Buscar o entendimento micro é o caminho para alcançar o diálogo no macro, pairar apenas no que a mente tem como inteligência da crise, é perder a grande oportunidade que a dança abre a cada instante para as novas formas de contatos.

Usar do bom tom agora, é ter consciencência que é necessário se conhecer e se reconhecer em si, não ter a ansiedade de presupor que tudo se sabe e ignorar o encontro com mais saber, principalmente o próprio. Abrir espaço interno é deixar fluir sem travas a limpeza necessária, seja mental, corpórea, material, abrir esse espaço hoje é fluir livremente dentro de tantos tensos e leves aspectos dessa dança.

Ter pauta para poder conversar entre si e entre todos é não se perder no raso cabeçalho da vida, é ter a coragem agora de se aprofundar e gritar pelo que realmente se comunica com o micro e com o macro, ao invés de sentar e deixar toda a lamúria virar sentimento deprimido e acobertado por tantos dizeres e costumes que se teme ir contra.

Quer virar a dança, quer conduzir mais que ser conduzido? Pare de chover no molhado e abra o peito para as mudanças, só não esquece que é do micro pro macro.

dia de Marte – na dança dos planetas.

Lá por Áries temos Urano, Marte e Vênus, gerando uma intensidade elétrica para todos os lados. Desejos de tudo para ontem e nada resolvido para amanhã, são os pesos e medidas do tom do momento.

Ao observar o redor, há muita gente buscando a irreverência da novidade e a necessidade do espaço novo. Bem, essas mudanças de tempo e ritmo pedem respiração, para que nada seja feito de forma impensada. Por mais difícil que seja nesse momento esse equilíbrio, sem ele, o arrependimento pode vir de forma ferrenha.

Do macro ao micro, tudo está mudando, naturalmente pelo curso do universo e caso não se tome o devido cuidado, podem acontecer rupturas por ideais e ideias distintas inclusive dentro das relações. O controle aqui cabe na respiração, que sem ela, se afoga dentro da ansiedade.

Como conseguir respirar, se equilibrar, se manter em harmonia cósmica com essa dança, se o desejo, a ação e a mudança estão fluindo do tão vermelho Áries? Aqui cabe lembrar que gastar energia, sim, ir suar o corpo com dança, caminhada, corrida, natação, lutas.. é o grande palco para evitar o desgaste do futuro próximo.

Onde houver harmonia das relações siga respirando pois tais mudanças podem estar sendo feitas em conjunto, em parcerias com fluxo e vibrações das mesmas. O que não impede surpresas ás vezes nada agradáveis com ideias que fogem do duo..

Vale lembrar, que esse mesmo Urano está recebendo influência lá de Plutão, tem que saber observar o redor e compreender que não há mais espaço para movimentos que um dia foi pleno de sentido e hoje cabe no ritmo da saudade. Sair do controle é o passo mais importante dessa dança para evitar a fadiga, a depressão e a angústia.

O controle aqui cabe na respiração e para evitar maior desgaste para alongar a musculatura, os tendões e os sentimentos para não esperar que o final seja como você desejou, afinal, nada tende a sair como se espera. O momento está indicando quem está feliz ou não, quem necessita mudar o padrão ou não.

Ficar na mesma tecla pode ser o risco de ser engolido pelas mudanças alheias pelo medo da ousadia. Observe, o redor já vem indicando quem fica e quem sai, o que muda e o que deve ser abandonado, buscar elos rompidos é gastar tempo da dança em fluxos sem vibração.

dia de Marte – na dança dos planetas.

Imediatamente agora tem muitas vidas dando início ao seu ciclo de vida na terra, nascendo e dando seu primeiro grito de vida. Quem nasce hoje, amanhã e ainda por um bom tempo – sem pensar nos que também nasceram antes sob essa influência, tem o pulso de Plutão ora mais ou menos intenso em quadratura com Urano.

Essa é a intensidade pulsante do interno: transformações que podem mudar paradigmas tanto em âmbitos sociais quanto históricos. Ao olharmos ao redor, o som da dança tem o tempo tenso, nascer com esse fluxo nas veias é ter em si a vibração dessas transformações.

Radicalismos, mutação, rebeldia, erupções, eclosões, catarses, combustões, intransigências, são algumas das qualidades desse fluxo que transforma todas as faces por onde toca.

Nascer aqui é já ter a real noção que o inconsciente já vem com a noção do tudo ou nada, com vulcões entre sinapses e o mais instintivo. Aqui falamos em trasitos lentos, onde o tempo passa de forma esmagadora e inovadora. Impossível aqui querer evitar que mudanças na forma de pensar e agir aconteça da forma prevista.

Nessa dança não cabe ditar regras, pois naturalmente qualquer informação do contra pode evoluir para um engavetamento de tamanho catastrófico, aqui é a hora de ter impulso e discernimento tamanho para conseguir transmutar a forma antiga de agir para as novas ideias que se apresentam.

Numa quadratura não há como não pensar em crises, esses 90° tem tensão suficiente para que muito ainda se quebre de cabeça, pois não é dos aspectos ou vibração mais doce de interagir. É necessário ir de encontro com o que se apresenta e não tentar bater de contra.

Falar é muito simples, colocar em prática, sim, outros tempos. De antes venho trazendo a informação do desapego, ela ajuda, afinal, mudar é deixar algo e aceitar a fusão do novo, já que não há como perder as cicatrizes, o que realmente conseguimos, é deixar o grande peso ir, mas nunca esquecer o ponto de partida.

Alongar os nervos é ter mais vias com fluxo livre, é ter mais instantes de tempos antes da reação impensada. Entre os signos envolvidos desse instante temos a terra de Caprica e o fogo de Áries, aqui vale conseguir respirar o suficiente para se manter em contatos seguros após a quebra interna de paradigmas.

dia de Júpiter – na dança dos planetas.