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foi no dia 18 de fevereiro que o sol deixou aquário e ingressou pelas águas inquietas de peixes, pela profundidade de quem conhece a base do iceberg e ainda assim, aponta em silêncio seu cume, sua ponta gelada que o aquecimento global é capaz de desintegrar, derreter, e provocar fluxos antes calmos em tsunamis de sensibilidades.

o grau falava de casa 11, tratava de aquecer amigos, grupos, contata-los com a calma de quem respira entre uma meditação e outra, como quem consegue coexistir ao caos plástico e a subversão dos fatos quando o assunto proclama justiça.

no ascendente, urano, marte e vênus e um calor da porra aquecendo o líquido inflamável que é peixes, mas peixes é drama, é passivo.. ou você que nunca errou o ângulo da pedra ao lança-la no espelho d’água. esse ascendente claro era áries, por lá forças capazes de criar estados de atenção e perigo constante onde não exista tempo para respirar.

a insônia que contorna o espaço provoca até o mais sonolento, até o mais distante de qualquer manifestação ativa, deixa tudo elétrico, instável e se mescla de mutável ao cardeal e instiga todos os sentidos, desgasta dobradiças e inflama onde o fluxo parou, estagnou..

hoje a lua dança em aquário, dança em miúdo o minguar do lua, toca espaços que necessitam silêncio onde o assunto era mil vozes no mesmo espaço. observe seu entorno, seu interno, seu externo, seu fluxo. observe também onde há necessidade de uma revolução, de uma provocação para um novo estado entre amigos e projetos.

não se valide pela correria em olhar esses aspectos, é tempo de findar, a quaresma aponta com vênus retrógada, com vênus dosando a pressão da panela, com vênus necessitando reencontros onde há ou não tropeços, onde não houver, cultive para não tropeçar.

vênus estaciona, ralenta seu passo na casa 02, a casa de touro, a casa dos valores, valores que tem compõem e valores que se conquista. no ascendente peixes com sol, mercúrio e netuno, onde se percebe a necessidade e reexistir?

antes de vênus retrogradar temos o dia 26 de fevereiro, dia de eclipse. dia em que o encontro entre sol e lua nos devolve a lua nova, que junto encontra netuno, encontra mercúrio e é domingo de carnaval, é casa 10, é a possibilidade de terremotos pelo governo, é casa 10. é o brasil sendo brasil e onde a má sorte se instalar seremos novamente chamados de idiotas na cara.

mas é domingo de carnaval e o eclipse toca netuno, transborda nevoeiro, se torna entorpecente e quem bem souber transitar redescobre afetos, reafirma sentimentos e os traduz em carinho, singelos e ricos toques sensíveis, criativos.

ainda assim, poderíamos fazer um trato, evitar o vigário e seu conto criador de elos em profecias fictícias. estamos junto da quaresma e de um chincalhão de senhores passíveis do uso da religião para profecias mancas e sem muletas.

também podemos citar o trio urano, marte e vênus em áries, sim riscando todas as possibilidades inflamáveis instáveis. aquecendo o desejo de provocar o belo com necessidade reais de revolução. necessidades reais de transmutação no ser e estar onde a estria hipócrita se faz presente em gestos inúteis que debilitam e provocam o não entendimento.

partículas inflamáveis num oceano que anda sofrendo com o aquecimento, assim, se o sangue está percebendo as breves borbulhas entre as hemácias, melhor respirar. ter certeza do propósito do movimento e ir ou não inflamar mais, a não ser que seja necessário reconstruir ou novamente indicar os limites.

o trio urano, marte que está em casa e vênus, seguem em tensão com júpiter retrô libra e plutão caprica. a balança ligou o ignore para os pratos em harmonia, temos pela frente a ressonância desse eclipse. caso faça a observação do eclipse, proteja seus olhos, só não vale fechar os olhos para os instantes que se apresentam nesse período, abra bem os olhos, a calma para os pupilas também é a falta de luz.

dança dos planetas – dia de vênus – lua minguante.