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“l’évolution du genre humain”, em l’univers et l’humanité, por hermann klaatsch, t.ll: “é em vão que tentamos encontrar um traço de contorno vermelho dos lábios nos jovens chimpanzés vivos que, no mais, assemelham-se tanto ao homem. (…) como seria o rosto mais gracioso de uma jovem se a boca aparecesse como uma risca entre duas bordas brancas? (…) por outro lado, a região peitoral no antropoide apresenta os dois mamilos das glândulas mamárias, mas jamais se formam aí as bolsas de gordura comparáveis aos seios” e a fórmula de emile devaux, trois problèmes: l’espèce, l’instinct, l’homme, paris, le françois, 1993, p 264: “foi a criança que fez o seio da mulher e foi a mãe que os lábios da criança” – lábios-seios, cada um serve de correlato ao outro. mil platôs vol 03, p 42.

netuno planeta regente de peixes, fluxo íntimo dos turbilhões inconscientes da calada noturna, que nos envoca a mergulhos profundos em dobras imagináveis de nossos medos e profundidades. íntimo também da força capaz de mover placas universais causando breve destempero do labirinto, que em encontros pode trepidar o chão mais batido e forte, que encontra vazão para provocar os mais habilitados no que se refere ao equilíbrio.

aliás, você já observou o caminhar e a mecânica proposta nesse tipo de movimento? para um passo diminuir distâncias é necessário breves instantes  de uma pisada no nada, no espaço que provoca uma gravidade no “vazio” e assim causa um breve desconforto que nos faz buscar novamente o chão mais próximo e assim, seguirmos caminhando..

num breve encontro íntimo, retomo percursos meus e vejo o quanto fui invadida por instantes netunianos, de como me coloquei ao fluxo labirinto e nauseante que leve, propõem o encontro com partes da nossa dança zodiacal. aliás, ele se colocar direto me causa desembrulho, ou o encontro profundo com embrulhos que pude querer ignorar antes, no famoso “finge que” permanecer em encontros desconfortáveis para evitar a labirintite própria.

netuno ficou direto e meu sol agradece, claro! talvez seu ascendente também, ou sua lua, ou pontos intensos do seu mapa, ou mesmo você ai paciente lendo esses escritos sem letras maiúsculas sem nem ter amizade com netuno.

saturno que por muito ficou em quadratura com netuno trouxe junto um levante de terremotos, tensões nos oceanos, desequilíbrios nas noites dos mais sensíveis com torrenciais encontros com sonhos densos, que encontrava de forma rica indicar onde o embrulho estava enjoado e prestes a se transpor para fora do corpo, de forma consciente ou não. aliás, o que te parece mais consciente: o inconsciente ou a consciência?

hoje é com o sol sagitário que netuno imprime sua força labiríntica, por mais que pareça estranho esse termo, mas é impossível não perceber os confusos enganos que a luz pode sofrer hoje. o sol em sagitário segue a galopes, segue no ímpeto da conquista imensa, afinal, ninguém mais sabe o valor da imensidão do horizonte e sagitário sabe. ele busca isso, ele vive isso, ele acaricia e golpeia no mesmo sorriso.

– ele é fogo, é um cavalo com respiração de fogo. ele queima.

num dia como hoje a percepção deve ser redobrada, não criar instantes desnecessários por apologias descrentes da realidade, aliás saturno ainda segue por sagitário, mercúrio já se coloca para despedida, mas saturno está lá. deixando claro que podemos sim termos instantes ilusórios de crenças furadas, ainda mais se não for possível colocar nada em prática.

que o limite é logo ali e você pode estar sendo colocado à prova nesse instante e nem percebe, pode estar alimentando o muro divisor e nem se toca afinal, é netuno né.

talvez para não se perder no tempo da dança e não se equivocar entre sentidos e sentimentos vale muito cuidar do anseio, do desejo, do transpor. se permitir quando possível pisar na terra, sentir os pés tocando outra matéria e não cair na ilusão chata de ficar se debulhando em lágrimas quando a história é só sua e talvez, bem talvez o que esteja passando seja o reencontro com uma realidade abandonada por você, noutro tempo.

claro que instantes assim o corpo ressente, ele adoece, ele pede pausa e tempo para se prostrar na cama e deixar o fluxo retomar e não se perder das sinapses. uma vez ouvi que a somatização é um dos caminhos do corpo para não desenvolver a loucura, que também não se isso pode ser aplicado para todos, mas me causou um certo acalanto ao ouvir, afinal, pelo menos ainda há espaço de sentir num corpo assim.

também vale cuidar para não se tornar o terremoto ou tsunami nos outros. tenha muita fé do que vai proferir sobre qualquer instancia, qualquer ser, qualquer você, o dia está repleto de instantes nublados, aqui em são paulo pelo menos nem sol há. mas é um dia para se evitar ataques descontrolados ou pedantes, o dia e o sentir está turvo e você pode trropeçar no que acreditar ser sua realidade e na verdade o que aconteceu foi uma ação vinda de outro corpo, de outro momento e nem tudo (gracias) é capaz de agradar a todos.

assim, hoje é um daqueles momentos interessantes para saber na real quem somos e não quem o outro é. apurar os sentidos e não desapontar a intuição. seja leve, e não leviano.

dança dos planetas, dia de mercúrio, lua com 01% de luminosidade.